sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Subterrâneo (22/29)

Acordei. Acordei de verdade. Abri os olhos e só vi escuridão. Respirei fundo como se o ar do planeta estivesse acabando. Não conseguia me mover. Só sabia que estava num espaço muito apertado. Ai, meu Deus, era um caixão?

Entrei em desespero. A Julieta em sua falsa morte não foi colocada em um caixão debaixo da terra. Pera aí, eu estava debaixo da terra?

-SOCORRO, SOCORRO, SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! ME TIREM DAQUI! - Gritei com todo o ar de meus pulmões enquanto esmurrava o teto sobre minha cabeça.

- Diana, estou aqui, tenta se acalmar, vou te tirar daí. - Era a voz do Alex. No mesmo instante me senti mais segura, mas comecei a chorar.

- Alex, por favor me tira aqui, o que está acontecendo? A gente ia se casar. Estava tudo tão lindo, meu vestido, você... - Chorava tanto que não consegui mais falar.

- Já estou quase abrindo, amor. - A voz dele estava abafada, como se estivesse muito distante ou como se uma almofada estivesse cobrindo seu rosto. Ouvi uns estalos e depois a claridade começou a entrar à medida que Alex empurrava a tampa do caixão.

Quando vi o rosto pálido de Alex tudo o que eu queria era envolver meus braços em seu pescoço, entrelaçar meus dedos em seu cabelo, beijá-lo e nunca, nunca mais deixá-lo se afastar novamente. Eu não consegui. Estava fraca demais, meu corpo doía e só o que eu fazia era chorar.

- Alex, o que está acontecendo? - Falei entre lágrimas tentando me levantar. Percebendo minha fraqueza, Alex cuidadosamente me ajudou e me retirou daquela caixa horrível que me dava calafrios.

- Quando apliquei aquela injeção em você alguma coisa deu errado, não era a substância que eu vinha estudando. - Ele falava enquanto me abraçava. - Fiquei desesperado e não tinha o que fazer, não tinha os recursos para reverter o que quer que acontecesse com você. Não tive outra escolha a não ser te trazer para o laboratório do Dr. Oliver.

- Você o que, Alex? Ficou doido, a gente poderia... - Ele colocou o dedo indicador em meus lábios me fazendo parar de falar e me ajudou a sentar em um banco.

- Eu não tive escolha, amor. Era isso ou você poderia morrer. Fiquei muito desesperado, mas consegui pensar em um plano eficaz. Perigoso, arriscado, mas eficaz. Lembrei de já ter visto no laboratório do Dr. Oliver o veneno "Romeu e Julieta", então escrevi o bilhete, escondi no seu sutiã e voei com você para o laboratório. Chegando aqui Dr. Oliver estava uma fera, mas sua ambição foi maior do que a raiva e ele resolveu te ajudar para depois seguir os planos iniciais. Como eu imaginava. Enquanto ele revertia os efeitos da injeção que eu te apliquei, eu consegui trocar as seringas. Depois ele mandou que os enfermeiros me trancassem em meu antigo quarto e só o que eu pude fazer foi orar para que tudo desse certo.

- Mas como eu fui parar nesse caixão, Alex? Onde a gente está? Como você conseguiu fugir? - Olhei com repulsa para o caixão aberto. Eu tinha tantas perguntas, tantas aflições e a sensação de que esse pesadelo não acabaria nunca.

- Como eu imaginei, ele seguiu com os planos dele e aplicou a suposta substância que te transformaria em Zumbot, mas era o veneno Romeu e Julieta. Ele pensou que você tinha morrido e já não tinha mais o que fazer. Decidiu que iria te enterrar, por isso te colocou nesse caixão.

- Mas como você conseguiu sair, Alex? Como você sabia que eu estava aqui?

- Eu tinha uma cópia da chave escondida no colchão, mas tive que lutar contra a ansiedade e esperar os enfermeiros saírem da vigia para então poder te buscar. Rodei todos os corredores atrás de você até te encontrar aqui, no subterrâneo do prédio.

- Mas e agora, Alex, o que a gente vai fazer? Eu não consegui te salvar... - O abracei com toda a força que havia em meu corpo de recém ressuscitada de uma pseudo morte.

- Calma, amor, vamos dar um jeito nisso juntos, mas antes temos que sair daqui o mais silenciosamente e discretamente possível. - Ele me deu um beijo tranquilo e suave que me acalmou por uns segundos. Quando nos levantamos e estávamos nos direcionando para a saída daquele lugar tenebroso ouvimos passos e a voz do Dr. O liver: "Sei que você está por aqui. Não vai conseguir se esconder por muito tempo, Alex." Meu coração parou de bater de tanto medo.



Essa é a parte 22 do conto que nós, lindas mafiosas, estamos escrevendo juntas em comemoração do aniversário de um aninho da nossa tão amada máfia. Tudo começou com a mente brilhante da Rafa e daí cada uma de nós, todos os dias desse mês, vamos dando continuidade ao conto. Ontem a Vanessa passou a bola pra mim e amanhã é a vez da minha mamis: Ruvs. Corre lá pra ler a continuação!

4 comentários:

  1. Ai meu Deus, sem tem uma coisa da qual eu morro de aflição nessa vida é da tal ideia de ser enterrada viva! Tomara que o Dr. Oliver não os pegue agora! Medo, medo, medo! Como a Ruvs vai fazer agora??

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  2. Não sabia que a Ruvis sera sua mamis!!! ai gente, estou nervosa/ansiosa!!! O QUE VAI ACONTECERRRR????? OH CÉUS!!! Isso tá mais emocionante que todas as novelas que estão no ar! HAHAHAHA Abraços <3

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  3. Ó CÉÉUS, ELA REALMENTE ESTAVA NUM CAIXÃO! E meeeeeeeeeeeeu, meeeeeeeeeu, eu AMO O ALEX. TIPO, MUITO, MESMO! O cara pensa em TU-DO. Ai, to apaixonada!
    Arrasooooooou, amiga!
    Te amo, muito muito muito!!

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  4. Ai, mesmo com a ameaça do Dr. Oliver ainda pra cima deles, pelo menos o Alex apareceu para tirar a Diana de lá. Alex muito herói na sua parte do conto!!

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