segunda-feira, 23 de abril de 2012

Natalie e Ashton X Mila e Justin

Separar a relação puramente carnal dos sentimentos afetivos é o grande foco dos filmes "Sexo sem compromisso" e "Amizade Colorida" (odeio essas adaptações para o português, mas que seja). O primeiro veio com tudo para dar certo, afinal com Natalie Portman e Ashton Kutcher JUNTOS, o que poderia dar errado? É, deu. Expectativa demais -pelo menos da minha parte- pra nada. O Ashton já é nosso velho muso das comédias românticas e fez o de sempre, fofinho, bom tipo, adorável, mas a Natalie, oh Gosh, a Natalie... em minha humilde opinião -talvez até carregada de um pouco de preconceito- acho que o lugar dela não é fazendo comédia romântica, ainda mais com o Ashton, o lugar dela é fazendo drama, brilhando como fez em V de Vingança, Cisne Negro e até mesmo na história de super heróis, atuando como a mocinha mortal, humana e frágil, a protegida de Thor. Assisti ao filme e senti que não houve química entre Emma (Natalie) e Adam (Ashton), me pareceu simplesmente estranho ver a cena do Ashton com aquele buquê de cenouras para entregar à Natalie. Não que o filme seja de todo ruim, mas se encaixa em uma categoria pessoal: sessão da tarde. Confesso que fiquei chatiadíssima, porque vejo a Natalie Portman como uma excelente atriz e admiro o Ashton Kutcher, mas atuando juntos a coisa simplesmente não fluiu.

(daqui)

Até eu assistir "Amizade Colorida" pensava eu com meus botões que eu não havia gostado de "Sexo sem Compromisso" por causa do enredo, essa coisa de ~amigos amigos, sexo à parte~... Estava enganada. Mila Kunis e Justin Timberlake brilharam juntos e me fizeram amar "Amizade Colorida" mesmo ele tendo a mesmíssima essência de "Sexo sem Compromisso". Divertido, com pequenos conflitos familiares bem estruturados, paralelos aos dois protagonistas, o filme superou as minhas expectativas. Não é aquele clichê sem graça, besteirol ou mais uma comediazinha romântica para assistir no fim de uma tarde chuvosa quando não há nada para fazer... é realmente muito bom!
Engraçado isso, porque o Justin Timberlake mesmo sendo aquela delícia toda cantando com aquela vozinha suave e dançando Summer Love, My love, entre tantos outros singles, não chegou a me convencer em suas aparições nos filmes Alpha Dog e The Social Network, mas a atuação dele em amizade colorida me fez vê-lo com outros olhos. E a Mila, nossa, que inveja, rs. Linda e ótima como sempre tem sido, está provando que é versátil e boa no que faz. Não sei porque, mas Jamie (Mila) e Dylan (Justin) me conquistaram logo na primeira cena juntos... me fizeram ter vontade de assistir o filme até o fim.

(daqui)


E outra coisa muito legal: essa semana eu li um post da Paloma que fala de pessoas que deveriam se juntar em uma só... e lá estavam elas, Natalie a Mila. Concordo com a Paloma que depois de Cisne Negro eu sempre associava as duas e pensava que eram uma só pessoa, como duas partes de um todo. Porém, depois de assistir as comédias românticas de cada uma delas, essa ideia de "unificação" das duas sumiu da minha mente. Agora consigo enxergar cada uma delas sem necessariamente associá-las, mesmo ambas tendo atuado em filmes distintos porém com a mesma base de enredo.
Em fim, senti necessidade de fazer uma crítica aos filmes porque mesmo sendo muito parecidos, me causaram impressões totalmente diferentes. Mas uma coisa é certa, sendo bons, regulares ou ruins os dois possuem algo prazeroso em comum... as nítidas imagens dos bumbuns do Ashton Kutcher e do Justin Timberlake...

domingo, 22 de abril de 2012

Colocando ordem

Eu nem sei o que você está fazendo aqui de novo. Não entendo porque você me manda mensagem dizendo que me ama e não consegue evitar. Não adianta, desse jeito eu não vou acreditar. Palavras não são suficientes para você me convencer. Só porque me viu há duas semanas atrás, rimos e dividimos uma pizza, não quer dizer que eu te dei o direito de reaparecer na minha vida com segundas intenções, não quer dizer que colocar a mão na minha cintura para tirar uma foto tenha despertado um amor reprimido. Perdão, querido, mas eu não vou aceitar isso.
Sabe, a imagem que você está me passando agora -acredite, já ouvi isso de outros- é que você não me ama coisa nenhuma, ACHA que me ama, SE ENGANA que me ama e isso não é bom pra você. Se você realmente me amasse durante esse tempo todo, correria atrás de mim, viria na minha casa, me ligaria, me mandaria mensagens, me perturbaria, me deixaria maluca, se importaria em mostrar para mim que você lave à pena, tentaria me mostrar que eu estou enganada em fugir de compromissos, porque isso me provaria que o que você sente é realmente amor.
Mas o que eu não quero é justamente o que você faz desde que te conheço. Sai por aí chorando pitangas com nossos amigos em comum, e até tenta atribuir a culpa a alguém por algo que foi fruto de uma decisão somente SUA. Chorar e entrar em depressão não vai mais me fazer ficar com peninha, na verdade nem eu nem ninguém. Eu não preciso de alguém para cuidar e mimar, eu preciso é cuidar de mim.
Outra coisa, eu não sou sua. Que mania chata de enfiar um "minha" na frente que qualquer adjetivo direcionado a mim. Eu não sou de ninguém. Ninguém. Eu sou minha e tão minha que eu não te dou o direito de me chamar de sua. Eu não quero pertencer a ninguém por um bom tempo. Eu sou apenas sua amiga e somos bons nisso, em sermos amigos. Você sabe que nunca vou me recusar e te ajudar, te ouvir, eu sempre vou estar aqui com meu ombro amigo desde que você não confunda as coisas e comece a achar que voltou a me amar. "Voltou a me amar", isso soa tão falso.
Pense bem, coloca sua cabeça e coração no lugar. Descobre se é amor ou só é carência e vontade de matar a saudade dos velhos tempos. Só depois me procura e tenta me provar que eu posso ser feliz com você. Me conquista de novo, faça meu coração acelerar ou pare de dar bom dia para minha foto todas as manhãs e se convença de que tudo não passa de um mal entendido do seu coração.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

E aí você entrou na minha vida.

Não vou negar que eu te rejeitei quando me falaram de você. Não sei, acho que foi preconceito, medo do novo. Abominava a ideia de te ter aqui em casa, na minha sala, com todo mundo ali, sentado no sofá, te vendo. Eu gostava das coisas antes, não queria, não queria e acabou. Mas não teve jeito, você entrou na minha casa, na minha vida, no meu coração e mudou todas as minhas concepções de mundo. Eu aprendi TANTO com você, por mais que digam que isso é exagero. Acabou que no fim das contas, durante um tempo, a parte mais legal do meu dia era chegar em casa e ficar ali na sala, só eu eu você. Passar madrugadas a dentro vendo filmes, seriados, documentários... tudo tinha se tornado mais legal, com uma nova perspectiva.
Um dia porém, você se foi, sem nunca haver explicações ou desculpas. Meu coração se partiu, fiquei imaginando como seria minha vida dali pra frente sem você, sem nossos momentos, sem você pra me fazer rir, chorar, me passar todo dia um pouquinho de conhecimento. Meus dias se tornaram mais tristes.
Aí, como se por passe de mágica, chegando da escola em uma noite como outra qualquer, lá estava você, na sala, me esperando. Quis te abraçar, te beijar e nunca mais permitir que te tirassem de mim. Mas você estava diferente, uma versão melhorada, mais bonito, imponente. Naquela noite, ao interagir com você, consegui me apaixonar ainda mais. Você consegue me fazer parar no tempo, acelerar ou voltar nos nossos melhores momentos... eu posso gravar cada segundo importante que eu tenho com você e sempre ver e rever, guardar na memória.
Mesmo estando meio afastados agora devido a minha vida corrida com essa coisa de vestibular, eu sei que você entende e sempre vai estar me esperando, pronto para me ensinar, me divertir, me fazer chorar, refletir, criticar, sonhar...
Obrigada por existir e estar na minha vida, você mudou tudo, para melhor. Muito melhor.
Sky HDTV, eu te amo. Parece que cada dia mais.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Blue Jeans

Jeans azul, camisa branca. Você desceu as escadas e entrou na sala, sua imagem fez meus olhos queimarem. As suas malas na porta esperando para serem colocadas no carro estacionado lá fora. Sentada na poltrona da sala, fechei os olhos tentando reprimir a dor, mas uma lágrima escorreu. Em minha cabeça vieram todas as memórias de nossos dias felizes.
Um ano atrás, sentada no balanço no quintal da nossa nova casa. Você estacionando seu carro rápido, assobiando meu nome e já abrindo uma cerveja, me pegando pela mão e entrando na sala para jogar vídeo game. Eu estava naquele vestido de verão que você adorava, você me assistiu tirar a roupa. Eu dizia o melhor a você, me inclinando para um grande beijo, você em meu pescoço sentindo seu perfume preferido.
-Querido, é você, é tudo para você. Tudo o que faço, é pra você. Eu digo a você o tempo todo. O céu é um lugar na terra com você. Diga-me todas as coisas que você quer fazer. Dizem que o mundo foi construído para dois e só vale a pena viver se alguém está te amando. Querido, agora você é amado.
Ele me segurava em seus braços grandes, bêbado e eu via estrelas. Isso é tudo no que eu penso. Esta é a minha ideia de diversão.
Abri os olhos tentando me livrar das imagens em minha mente. Agora tudo parecia fazer parte de um passado muito distante. Ele veio arrastando os pés e me beijou a cabeça. Fez menção para que eu me levantasse e me encaminhou até o sofá. Ficamos ali, me aninhei em seu peito, segura em seus braços. Tentei balbuciar alguma coisa, mas falou primeiro.
- O amor é malvado e o amor dói, mas eu ainda me lembro do dia que nos conhecemos em dezembro...
Foi em um final de semana com uns amigos, meu biquíni branco de lado com meu esmalte vermelho, ele senta bebendo me assistindo mergulhar nas ondas azul brilhante. Ele me mostrava que conhecia, cada centímetro de minha alta e negra alma. Ele não se importava se eu tinha uma vida de apartamento decaído. Na verdade, ele dizia que achava que era isso que ele devia gostar em mim, me admirar. Gostava de me ver na varanda, no banheiro. Escorregando no meu vestido vermelho, passando minha maquiagem. Copo cheio, perfume, conhaque, lilás, fumaça... Dizia que isso era como o paraíso para ele.
Fomos tão rápido, era tudo tão mágico, como se tivéssemos nascido um para o outro, como se fôssemos um.
- Te amo, mas eu vou desmoronar, às vezes o amor não é o bastante e a estrada fica difícil, você entende que eu tenho que seguir com minha vida, não é? - Ele sussurrou com a boca entre meu cabelo.
- Não, por favor, fique aqui. Nós não precisamos de dinheiro, podemos fazer tudo funcionar. - Agora eu já estava olhando nos olhos dele. - Continue me fazendo sorrir, vamos nos embriagar. A estrada é longa, nós seguiremos juntos adiante, tentaremos nos divertir no meio tempo. Te ver sair por aquela porta fará um pedaço de mim morrer. Eu só quero que as coisas sejam como antes...
Como quando dançávamos a noite toda e... - Minha voz foi perdendo a força.
Ele beijou minha bochecha e se levantou. Segurei sua mão tentando fazê-lo ficar.
- Você sabe que eu vou ficar perdida sem você, porque eu sou louca, querido. Eu preciso de você para vir aqui e me salvar. Quem mais conseguiria me aturar assim? Eu preciso de você, eu respiro você, eu nunca vou deixar você.
Ele me olhou como se eu fosse uma garotinha, deu um meio sorriso sem mostrar os dentes e se virou em direção à porta. Eu me levantei e o segui. Joguei meus braços ao redor de seu pescoço e repousei minha cabeça em seu ombro.
- Eu vou te amar até o fim dos tempos, eu vou esperar um milhão de anos se for necessário. Prometa que você vai lembrar que você é meu. Querido, você pode ver através das lágrimas? Eu te amo mais do que todas as vadias anteriores. - Agora eu já falava em meio a soluços e as lágrimas escorriam e molhavam a camisa desbotada que ele vestia. - Diga que você vai lembrar. Você vai lembrar que eu vou amar você até o fim dos tempos?
Ele me apertou em um último abraço depois me afastou de seu corpo. Me lançou aquele olhar novamente, pegou as malas, abriu a porta e saiu em silêncio. Ouvi o motor do carro roncar lá fora. Apoiei minhas costas na parede e me sentei no chão. Os sonhos dele o levaram embora, não o deixaram ficar comigo, o roubaram para fora da minha vida. Fechei os olhos e vi um paraíso que agora era escuro, onde ninguém se comparava a ele. Amá-lo para sempre não podia ser errado e mesmo sem ele ali, eu não iria seguir em frente. Eu fiquei ali, deitada no chão, sem mais sentir as lágrimas escorrendo pelo meu rosto e encontrando o tapete empoeirado.


Esse meme foi criado pela Tary.. Tínhamos que escrever um texto sobre a música mais ouvida durante a semana. Como esses meus últimos dias foram ~lotados~ de Lana Del Rey, resolvi fazer uma montagem (e adaptações) com as letras das mais ouvidas, Dark Paradise, Born to Die, Off to the Races, Video Games e Blue Jeans. E sem querer descobri a grande carga de depressão contida nas melodias e que, juntas, formaram uma história bem depressiva, mas a experiência de adaptar as músicas para um texto foi realmente legal. Recomendo, rs.